NAZISMO

Origem do Nazismo

Após o término da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha se encontrava em uma situação extremamente difícil. As guerras são empreendimentos caros, especialmente quando se perde, como foi o caso da Alemanha. Em 1919, a situação piorou ainda mais com a assinatura do Tratado de Versalhes pelas potências europeias e pelos Estados Unidos. O tratado estabeleceu que a Alemanha era a única responsável pelo conflito e que caberia a ela reparar os prejuízos da guerra. Além disso, proibiu a Alemanha de ter uma força militar superior a 100 mil homens, o que foi desrespeitado, e removeu territórios da Alemanha, tanto na própria Alemanha quanto na África.

Ainda em 1919, foi constituída na Alemanha a República de Weimar, um regime parlamentarista e liberal que valorizava a democracia e buscava resolver os graves problemas que o país enfrentava na fase do pós-guerra. O objetivo mais urgente era reorganizar as estruturas políticas e econômicas da Alemanha, e a opção pelo modelo republicano pareceu a melhor aos envolvidos no processo. O nome "Weimar" foi escolhido em homenagem à cidade em que ocorreu a elaboração da nova Carta Constitucional.

A situação já era ruim, mas piorou ainda mais em 1929, com a crise econômica mundial. A crise causou hiperinflação na Alemanha, fazendo com que o dinheiro perdesse quase todo o seu valor. O desemprego atingiu o alarmante índice de 44%.

Parte da sociedade alemã sentiu-se traída com a derrota considerada impossível por grande parte da população. Esse ressentimento, aliado à forte nostalgia militarista que se espalhou pelo país, à violência que se propagava, à política e à sociedade extremamente radicais, à crise econômica e ao temor do comunismo soviético, criou um ambiente propício para o surgimento e crescimento do nazismo na Alemanha.

Ascensão do Nazismo

Precisamos entender o Líder do Nazismo, Hitler

Hitler era austríaco e nasceu em uma cidade do interior do país chamada Braunau am Inn, em 20 de abril de 1889. Hitler cresceu em um ambiente familiar de classe média e de condição financeira saudável. A boa condição financeira, porém, não fazia com que a família de Hitler tivesse bom convívio, sobretudo pelo humor explosivo de seu pai. A relação de Hitler com sua mãe, por sua vez, era o inverso, bastante amorosa.

O ponto de inflexão na vida de Hitler

Os pais de Hitler morreram enquanto o futuro ditador alemão ainda era apenas um adolescente. Após a morte de sua mãe, Hitler tinha economias que conseguiram sustentá-lo durante um ano em Viena. Nessa cidade, ele tentou ingressar na Academia de Belas Artes, mas fracassou por duas vezes. Também tentou tornar-se arquiteto, mas não teve sucesso. O forte antissemitismo de Hitler, por exemplo, começou a ser construído durante os anos em que morou em Viena, lá ele teve contato com publicações racistas e antissemitas. A situação da Áustria nesse sentido não era diferente da Alemanha, e em ambos locais o antissemitismo circulava nos debates políticos desde o século XIX. Falando na Alemanha, por volta de 1914 Hitler se mudou para a Alemanha, fugindo do serviço militar obrigatório na Áustria. Em paralelo ao começo de sua vida em um novo país, começava também a primeira Guerra Mundial, a qual Adolf, com o seu espírito nacionalista, teve de se alistar para participar e assim conseguiu.

Hitler recebeu reconsiderações, como medalhas, durante a primeira Guerra Mundial devido a atitudes heróicas que havia tido, aumentando assim significativamente a sua importância e confiança como membro do exército de um país a qual não era nascido.

Anos depois, Hitler se afastou do exército e recebeu um convite para investigar um grupo de Nazista, ele aceitou a proposta e foii atrás de obter mais informações sobre tal ideologia, contudo, acabou se interessando e se identificando com as propostas que por eles eram abordados, o que o levou a entrar no grupo e por ser um influente comunicador, em pouco tempo se tornou líder desses.

Ascensão do Nazismo

Hitler, como um influente líder do nazismo, ajudou o grupo a espalhar cada vez mais suas ideologias, aumentando e muito o número de integrantes do grupo de forma cada vez mais rápida, principalmente pelo fato de que a Alemanha havia acabado de viver a 1 guerra mundial e saído muito “machucada”, e Hitler para obter mais avanços culpava a Esquerda e seus opositores pelo fracasso no conflito. Assim, na década de 1920 o partido nazista começou a crescer muito, chegando a se tornar um dos principais partidos da Alemanha, graças a Hitler, e chegando cada vez mais próximo do poder.

Chegada ao poder

O Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha em 1933 por meio de uma combinação de estratégias políticas, econômicas e sociais.Adolf Hitler, líder do Partido Nazista, soube aproveitar essa situação e utilizou habilmente a propaganda para atrair seguidores. O partido também contou com o apoio de grupos nacionalistas, antissemitas e anti-comunistas, bem como de empresários e proprietários de terras que se opunham à expansão do Estado de bem-estar social.

Em 1933, o presidente alemão, Paul von Hindenburg, nomeou Hitler como chanceler, concedendo-lhe o poder de formar um governo. O Partido Nazista então consolidou seu controle sobre o governo alemão, eliminando partidos políticos rivais e restringindo a liberdade de imprensa e de expressão.

Além disso, o Partido Nazista utilizou a violência e a intimidação para silenciar os oponentes políticos, como ocorreu na "Noite das Facas Longas", em 1934, quando os nazistas assassinaram líderes do Partido Comunista e membros da própria facção.

Dessa forma, o Partido Nazista foi capaz de assumir o controle da Alemanha e estabelecer um regime autoritário e totalitário, que se tornaria uma das maiores tragédias da história mundial.

Dinâmica do Governo Nazista

Nos primeiros meses da chancelaria de Hitler, os nazistas instituíram uma política de "coordenação", o alinhamento dos indivíduos e instituições com os objetivos nazistas. A cultura, a economia, a educação, e as leis passaram ao controle nazista. O regime nazista também tentou "coordenar" as igrejas alemãs e, apesar de não obter sucesso total ganhou apoio da maioria dos clérigos católicos e protestantes.

Uma ampla campanha de propaganda foi utilizada para disseminar os objetivos e ideais do regime. Com a morte do presidente alemão Paul von Hindenburg em agosto de 1934, Hitler assumiu os poderes da presidência. O exército fez a ele um juramento de lealdade pessoal. A ditadura de Hitler baseava-se em suas posições como Presidente do Reich (chefe de estado), Chanceler do Reich (chefe de governo), e Führer (chefe do Partido Nazista). Segundo o "princípio Führer", Hitler colocava-se fora do estado de direito e passou a determinar as questões políticas.

Hitler tinha a última palavra tanto na legislação nacional quanto na política externa alemã. Esta última era guiada pela crença racista de que a Alemanha era biologicamente destinada a expandir-se para o leste europeu por meio de força militar, e de que uma população alemã, maior e racialmente superior, deveria ter domínio permanente sob o leste europeu e a União Soviética. Nesta crença as mulheres exerciam um papel muito importante como reprodutoras. A política populacional agressiva do Terceiro Reich encorajava as mulheres "racialmente puras" a darem à luz ao maior número possível de crianças "arianas".

Dentro daquele sistema, as pessoas "racialmente inferiores" como os judeus e os ciganos deveriam ser eliminadas. A política externa nazista tinha como objetivo, desde o início, travar uma guerra de aniquilação contra a União Soviética e, para isto utilizou os anos de paz anteriores à eclosão da Guerra para preparar o povo alemão para o conflito. No contexto desta guerra ideológica, os nazistas planejaram e colocaram em prática o Holocausto, ou seja, o assassinato em massa dos judeus, considerados os principais inimigos "raciais" dos alemães.

Críticas explícitas ao regime eram reprimidas pela Gestapo, a polícia secreta do estado, e pelo Serviço de Segurança (SD) do partido nazista, mas o governo de Hitler era popular entre a maioria dos alemães. A pequena oposição ao estado nazista, variava desde a não conformidade a uma tentativa, abortada, de assassinar Hitler no dia 20 de julho de 1944.

Fim do Nazismo

O fim do nazismo foi marcado pelo fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota do Terceiro Reich, liderado pelo ditador Adolf Hitler.

A Segunda Guerra Mundial começou em 1939 com a invasão da Polônia pela Alemanha. O conflito se alastrou rapidamente, envolvendo países de todo o mundo e deixando milhões de mortos. Em 1942, as forças nazistas começaram a perder terreno, sofrendo derrotas significativas na Europa e na África do Norte.

Em 1944, os Aliados, formados por Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética, lançaram a Operação Overlord, invadindo a Normandia na França e avançando em direção à Alemanha. A guerra na Europa acabou em 8 de maio de 1945, com a rendição incondicional da Alemanha. A rendição marcou o fim do regime nazista e a queda de Hitler. O ditador se suicidou em seu bunker em Berlim em 30 de abril de 1945, pouco antes da rendição da Alemanha. As forças nazistas foram dissolvidas e muitos de seus líderes foram presos e julgados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O julgamento mais famoso foi o Tribunal de Nuremberg, que ocorreu entre 1945 e 1946, julgando os principais líderes nazistas, incluindo Hermann Göring e Rudolf Hess. Muitos dos acusados foram condenados à morte ou a longas penas de prisão. O fim do nazismo marcou um período sombrio da história da humanidade, em que milhões de pessoas foram mortas e perseguidas. A derrota do Terceiro Reich foi um momento crucial para o fim da Segunda Guerra Mundial e para a busca da paz e da justiça. Hoje, a memória do nazismo serve como um lembrete das consequências terríveis do ódio, da discriminação e da violência.

Neonazismo

Visão geral

• Se consiste em uma ideologia baseada no nazismo e que surgiu justamente após o “fim” do nazismo, na 2° guerra mundial. Surgiu dentro da Europa através de grupos desses nazistas que haviam sobrevivido a guerra.
• Usam seus ideais para promover o ódio contra diversos grupos da sociedade atual, tais como negros, católicos, judeus, homossexuais, anarquistas, comunistas, etc.
• Na maior potência tecnológica e com segurança cibernética de alto nível, os Estados Unidos, ainda existem cerca de 121 grupos neonazistas de alto impacto.

Neonazismo no Brasil

No Brasil não poderia ser diferente, existem ainda diversos grupos neonazistas, cerca de 530 núcleos extremistas reunindo até 10 mil pessoas, de acordo com uma pesquisa realizada pela antropóloga Adriana Dias, pesquisadora especializada ao estudo desse grupo radical no país desde 2002.

A concentração desses grupos é extremamente altas nas regiões Sudeste e Sul, especialmente nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Regiões que a presença da ideologia política de direita é enormemente maior do que a de esquerda, pontos que foram comprovados ainda mais no cenário atual brasileiro, onde a maior parte dos votos dos candidatos de direita se concentravam nessa região.

Cabe ressaltar que a relação anterior não busca julgar nenhum dos candidatos, o objetivo é apenas concretizar, através de dados reais, o que foi dito sobre a região sul ser aquela com maior incidência de aderência pela direita, direita essa que é a mesma, porém de forma ultra radical, usada como ideais para os grupos neonazistas.

Por estarem muito presentes na região sul, esses grupos propagam o ódio não apenas aos meus grupos que o nazismo ataca, como negros, homossexuais, toda a comunidade LGBTQIAP+, imigrantes e judeus, mas também ao povo que está em seu oposto no mapa brasileiro, os nordestinos.

Entram para a lista de casos de ataques desses grupos diversos ataques a escolas em torno do Brasil, como o ataque em Outubro de 2022 às duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo. O terrorista foi um jovem brasileiro de 16 anos de idade, esse usava uma suástica(símbolo tradicional do nazismo) presa na roupa no momento do atentado. No ataque, 4 pessoas morreram e doze ficaram feridas.